Adrian Smith fala sobre sua relação musical com Bruce Dickinson: "Ele é muito fácil de compor junto"
Em entrevista recente, o guitarrista do Iron Maiden falou sobre como sua amizade com Bruce se transformou em uma das parcerias musicais mais importantes da história do metal. De clássicos como "2 Minutes To Midnight" até os álbuns solo de Bruce, a colaboração dos dois continua rendendo frutos há mais de 40 anos! 🔥⚡
5/22/20253 min read


Em uma recente entrevista ao Made In Metal, Adrian Smith, guitarrista do Iron Maiden, falou abertamente sobre sua duradoura e frutífera parceria criativa com o vocalista Bruce Dickinson. A relação musical entre os dois, que já dura mais de quatro décadas, foi fundamental para moldar não apenas o som icônico da banda, mas também alguns dos maiores clássicos do heavy metal.
Adrian relembrou como a parceria começou de maneira despretensiosa, logo após a entrada de Bruce no Iron Maiden, em 1982. "Quando Bruce entrou na banda, a gente ensaiava e, depois, todos iam embora. Eu não era casado na época, acho que ele também não. Então, a gente saía, tomava uma cerveja, jogava sinuca e passava um tempo junto", contou Smith. Foi nesse ambiente descontraído que os dois começaram a trocar ideias musicais. "Eu sempre compus músicas, então mostrava riffs pra ele e começamos a escrever juntos. É assim até hoje: quando vamos fazer um disco, ele vem até mim e pergunta: 'Você tem algum riff?'. E eu sempre tenho riffs, melodias ou até mesmo títulos de músicas."
Smith destacou como Bruce é um parceiro criativo ágil e intuitivo: "Ele é ótimo. Muito fácil de compor junto. Ele sempre aparece com algo rapidamente, e a gente escreve as músicas de forma muito rápida, que é como ele gosta de trabalhar. E, claro, ele é um grande cantor, com uma enorme extensão vocal. Quando estou sozinho, compondo, muitas vezes consigo imaginar ele cantando por cima do que estou tocando."
A parceria entre Adrian e Bruce extrapolou os limites do Iron Maiden na década de 1990, quando os dois se uniram nos projetos solo de Dickinson. "Nos anos 90, quando eu estava focado no meu trabalho solo, ele me chamou para integrar a banda dele. Eu realmente gostava das músicas que ele estava fazendo com o Roy Z — especialmente no álbum 'The Chemical Wedding'. Adorei aquelas canções. Então, decidi me juntar a ele e tivemos ótimos anos juntos."
Smith também relembrou com entusiasmo o impacto que trabalhar com Roy Z teve sobre ele como guitarrista e compositor. "O Roy me apresentou a afinação em drop-D, onde a corda mais grave da guitarra é afinada um tom abaixo, para um som mais pesado. Eu não sabia como fazer isso, então acabei afinando toda a guitarra para D, parecia um banjo! Ele me explicou como fazer da forma certa", contou, rindo. "Aprendi muito com o Roy. Ele é professor de guitarra e um virtuose. Trabalhar com diferentes pessoas sempre te faz crescer."
A colaboração com Bruce nos álbuns solo resultou em dois discos aclamados: "Accident Of Birth" (1997) e "The Chemical Wedding" (1998). Além das gravações, eles também realizaram grandes turnês. "Foi uma época divertida e produtiva. Tenho muito orgulho daqueles álbuns", afirmou Smith.
Adrian ainda refletiu sobre como a dinâmica criativa entre ele e Bruce começou no Iron Maiden. "Acho que fui o primeiro na banda a ter um gravador multitrack nos anos 80 — um pequeno de quatro canais. Fazia minhas demos ali. Quando Bruce entrou, nós dois passávamos muito tempo juntos, já que não tínhamos relacionamentos fixos na época. Enquanto os outros iam embora, nós íamos para o pub jogar sinuca e, depois, acabávamos compondo."
Foi dessa rotina que nasceram alguns dos maiores sucessos da banda, como o clássico "2 Minutes To Midnight". "Eu tinha a ideia numa fita cassete. Nunca escrevo letra, só quando realmente preciso, porque é um saco", brincou Adrian. "Mas o Bruce anda sempre com livros de letras. Se você tem algo musical, ele rapidamente aparece com algo para completar. Às vezes, eu crio uma melodia ou um título, como 'Speed Of Light' ou 'Writing On The Wall', e isso inspira ele. É uma troca constante."
O depoimento de Adrian Smith revela não só a química musical entre ele e Bruce Dickinson, mas também a amizade e o respeito mútuo que sustentam essa colaboração há mais de 40 anos. A relação entre os dois é um dos pilares da longevidade e sucesso do Iron Maiden, uma das maiores bandas da história do heavy metal.
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