BAD COMPANY e SOUNDGARDEN são confirmados entre os novos indicados ao Rock And Roll Hall Of Fame 2025
O Rock And Roll Hall Of Fame anunciou oficialmente seus indicados para a cerimônia de 2025, e a lista trouxe surpresas e reconhecimentos há muito aguardados: BAD COMPANY e SOUNDGARDEN estão entre os novos integrantes da icônica galeria da música. O anúncio, feito ao vivo na noite de ontem por Ryan Seacrest durante o episódio especial do American Idol, causou grande repercussão no meio musical e entre os fãs.
4/30/20255 min read


Além de BAD COMPANY e SOUNDGARDEN, também foram incluídos na categoria Performer grandes nomes como Chubby Checker, Joe Cocker, Cyndi Lauper, OutKast e The White Stripes. Cada um desses artistas moldou, de forma única, o cenário da música mundial, com sons e atitudes que transcenderam gerações e redefiniram o que conhecemos como rock and roll.
Segundo John Sykes, presidente do Rock And Roll Hall Of Fame, a escolha deste ano foi marcada pela relevância cultural dos indicados:
"Cada um desses artistas criou seu próprio som e atitude, causando um impacto profundo na cultura e ajudando a mudar o curso do rock and roll para sempre. Suas músicas deram voz a gerações e influenciaram inúmeros artistas que vieram depois."
A cerimônia de indução será realizada no dia 8 de novembro no Peacock Theater, em Los Angeles. Assim como no ano anterior, o evento será transmitido ao vivo pela plataforma Disney+, com uma versão editada exibida posteriormente pela ABC, garantindo que fãs de todo o mundo possam acompanhar este momento histórico.
Reconhecimentos Especiais
Além da tradicional categoria Performer, o Rock Hall também prestará homenagens a outros gigantes da música. O prêmio Musical Influence Award será entregue ao duo Salt-N-Pepa e ao icônico cantor e compositor Warren Zevon, reconhecendo suas contribuições fundamentais para a evolução da música. Já o Musical Excellence Award contemplará o produtor de soul Thom Bell, o lendário tecladista Nicky Hopkins e a baixista Carol Kaye, figura central do coletivo de músicos conhecido como The Wrecking Crew. Por fim, o Ahmet Ertegun Award, destinado a executivos que impactaram a indústria musical, será concedido a Lenny Waronker, ex-presidente da Warner Bros. Records.
BAD COMPANY: Um Reconhecimento Muito Esperado
A inclusão do BAD COMPANY marca um momento emocionante para os integrantes da banda britânica, que há décadas aguardavam reconhecimento formal. Em uma entrevista recente concedida a Paul Stephenson, da VRP Rocks, o baterista Simon Kirke compartilhou sua felicidade — e também certo alívio — pela nomeação.
"É a primeira vez que fomos nomeados, e para ser totalmente honesto, eu diria que já era hora, porque estamos por aí há muito tempo," afirmou Kirke. O músico mencionou que, embora sentisse orgulho, a longa ausência de reconhecimento começava a incomodar: "A cada ano que passava sem sequer sermos nomeados, era como uma ferida aberta."
Kirke relatou que, assim que soube da indicação, recebeu uma mensagem de parabéns do amigo Nicko McBrain, baterista do Iron Maiden — banda que, por sua vez, foi nomeada onze vezes sem nunca ter sido efetivamente incluída. Segundo Simon, essa troca de mensagens trouxe à tona a dura realidade política que muitas bandas enfrentam nos bastidores do Hall da Fama.
Sobre o processo de votação, Simon comentou que o BAD COMPANY estava entre os favoritos graças ao apoio dos fãs, ficando atrás apenas do Phish em número de votos. Otimista, ele revelou já ter conversado com o vocalista Paul Rodgers sobre a apresentação na cerimônia, escolhendo o clássico "Can't Get Enough" para marcar o momento.
"Quero muito fazer essa homenagem ao Mick Ralphs," disse Kirke, referindo-se ao guitarrista que sofreu um derrame e hoje enfrenta sérias limitações de saúde. "Ele escreveu muitos dos nossos maiores sucessos, e merece cada palavra de reconhecimento que pudermos dar."
Desafios e Obstáculos ao Reconhecimento
Simon Kirke também refletiu sobre os possíveis motivos que retardaram a nomeação do BAD COMPANY. Um deles seria a instabilidade nas formações da banda ao longo dos anos, o que, segundo ele, teria "diluído" a percepção do comitê avaliador.
"Mudamos de formação três vezes. Se você imaginar o Cream trocando Ginger Baker ou Jack Bruce, por exemplo, isso poderia confundir o público e os críticos," explicou. Segundo informações que chegaram a ele, havia, inicialmente, planos para um reconhecimento conjunto do BAD COMPANY e da banda anterior de seus integrantes, o Free, similar ao que ocorreu com The Small Faces e The Faces. No entanto, questões políticas internas acabaram barrando a ideia.
Apesar dos obstáculos, Kirke enfatizou que a banda não guarda ressentimentos, apenas gratidão. "É um momento para celebrar. Finalmente, vamos subir naquele palco e mostrar por que nosso legado resiste ao tempo."


SOUNDGARDEN: A Continuação de um Legado
A indução do SOUNDGARDEN também carrega grande significado, especialmente após a perda de seu vocalista, Chris Cornell, em 2017. A banda, um dos pilares do movimento grunge dos anos 1990, deixou uma marca indelével no rock com álbuns como Superunknown e Badmotorfinger. A entrada no Rock Hall é vista não apenas como um reconhecimento artístico, mas também como uma celebração da profunda influência cultural que o grupo exerceu.
Embora ainda não tenha sido divulgado se os membros remanescentes planejam se apresentar na cerimônia, fãs de todo o mundo já expressam entusiasmo com a homenagem merecida.
A trajetória de SOUNDGARDEN até a consagração
O guitarrista Kim Thayil refletiu sobre essas indicações em entrevista à Billboard: "O que foi legal sobre nossa primeira nomeação em 2020 foi o reconhecimento. Muitas vezes, quando estamos focados no trabalho interno da banda e no convívio entre músicos, perdemos a noção do impacto mais amplo que causamos na história da música. Essa nomeação foi um lembrete de que o trabalho que fizemos juntos se tornou parte de algo muito maior. E isso é incrível."
Thayil também relembrou a influência do saudoso vocalista Chris Cornell no processo de valorização do Rock Hall para o grupo. Cornell teve uma experiência direta com o Hall Of Fame ao introduzir a banda Heart em 2013, o que mudou sua percepção sobre a importância da cerimônia: "Ele percebeu o entusiasmo dos fãs, como aquilo era importante. E nós sempre tivemos isso como uma diretriz – ser para nossos fãs o tipo de banda que nos inspirou no início."
Para o SOUNDGARDEN, essa introdução é mais do que uma conquista: é o reconhecimento de uma jornada marcada pela inovação sonora, pela poesia sombria de Cornell e pela intensidade musical que moldou gerações.
O impacto cultural dos homenageados
A edição de 2025 do Rock Hall destaca uma verdadeira celebração da diversidade musical. De Salt-N-Pepa, que abriram portas para mulheres no hip hop, até OutKast, que redefiniram as fronteiras do rap e da música pop, cada artista representa uma peça fundamental no quebra-cabeça da história musical contemporânea.
As homenagens póstumas também trazem um peso emocional significativo: a introdução de Warren Zevon, celebrado por sua lírica irônica e visceral, é um gesto há muito esperado pelos fãs e colegas músicos.
Enquanto isso, o prêmio de excelência para músicos como Carol Kaye e Nicky Hopkins lembra ao mundo a importância dos bastidores da música — daqueles que, mesmo fora dos holofotes, moldaram o som de eras inteiras.
A expectativa para novembro
Com a cerimônia marcada para o fim do ano, a ansiedade entre fãs e músicos só cresce. Será um momento de celebração não apenas dos artistas, mas também de todos aqueles que foram tocados por suas canções ao longo das décadas.
BAD COMPANY e SOUNDGARDEN não apenas marcaram suas respectivas gerações – eles ajudaram a moldar o próprio tecido do rock and roll. Agora, finalmente, seu legado será eternizado na galeria mais importante da história da música.
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