Metallica dá o pontapé inicial para 2025 com show histórico em Nova York: um novo capítulo da turnê M72

Na noite de sábado, 19 de abril de 2025, o Metallica mostrou mais uma vez por que é considerado um dos maiores nomes da história do heavy metal. A banda abriu oficialmente sua agenda de shows para o ano com uma apresentação incendiária no JMA Wireless Dome, em Syracuse, Nova York. O evento, que reuniu milhares de fãs, contou ainda com participações das bandas Pantera e Suicidal Tendencies, aquecendo o palco antes do espetáculo principal. Essa noite histórica marcou não apenas o início da nova fase da turnê M72 World Tour, como também reforçou o legado da banda como um ícone vivo do metal mundial.

O Impacto da “M72 World Tour”

A “M72” é uma das turnês mais ambiciosas da carreira do Metallica. Lançada em abril de 2023 em Amsterdam, ela já foi descrita por veículos internacionais como “uma experiência que reafirma a vida” (Billboard), “impossível de sair insatisfeito” (Austin Chronicle) e “um show avassalador” (Detroit News). Ao longo de sua jornada até o final de 2024, a tour atraiu mais de três milhões de fãs, consolidando-se como uma das maiores experiências musicais dos últimos anos.

O diferencial da turnê está no formato "No Repeat Weekend": duas noites em cada cidade com repertórios totalmente diferentes, oferecendo aos fãs um mergulho mais profundo na discografia da banda. No entanto, o show de Syracuse teve um caráter especial — foi uma apresentação única, sem noite extra, tornando a performance ainda mais exclusiva.

Uma noite de clássicos e novas apostas

No JMA Wireless Dome, o Metallica entregou uma performance memorável, mesclando sucessos consagrados com faixas mais recentes de seu álbum 72 Seasons (2023). A abertura ficou por conta da energética “Creeping Death”, que imediatamente incendiou o público. Logo depois, os fãs foram levados a uma verdadeira viagem sonora com “For Whom The Bell Tolls”, “Hit The Lights” e “King Nothing”.

A banda também trouxe ao palco o peso moderno de “Lux Æterna” e “Screaming Suicide”, faixas que representam o vigor criativo do grupo mesmo após mais de quatro décadas de estrada. Um dos momentos mais interessantes da noite foi o tradicional improviso instrumental “Kirk And Rob Doodle”, em que os músicos exploram temas livres e homenagens locais.

Entre os destaques emocionais estiveram “The Day That Never Comes” e “Nothing Else Matters”, esta última acompanhada por um mar de luzes de celulares e vozes em uníssono. Já os momentos mais intensos ficaram para os clássicos “One”, “Master of Puppets” e o encerramento apoteótico com “Enter Sandman”.

Setlist completo da noite:

  1. Creeping Death

  2. For Whom The Bell Tolls

  3. Hit The Lights

  4. King Nothing

  5. Lux Æterna

  6. Screaming Suicide

  7. Kirk And Rob Doodle

  8. The Day That Never Comes

  9. Fuel

  10. Orion

  11. Nothing Else Matters

  12. Sad But True

  13. One

  14. Seek & Destroy

  15. Master Of Puppets

  16. Enter Sandman

Cada música foi recebida com entusiasmo incontrolável, demonstrando que o amor dos fãs pela banda permanece mais vivo do que nunca.

Convidados de peso: Pantera e Suicidal Tendencies

Antes do Metallica subir ao palco, o público já havia sido agraciado com duas apresentações que, sozinhas, já valeriam o ingresso. O Pantera, que vem trilhando um caminho intenso de tributo e reinvenção com Phil Anselmo e Rex Brown acompanhados por Zakk Wylde e Charlie Benante, trouxe um set explosivo, repleto de hinos como “Walk” e “Cowboys From Hell”.

Já o Suicidal Tendencies — banda pioneira do crossover thrash — levou sua energia caótica característica para o palco, fazendo o Dome pulsar com clássicos como “You Can’t Bring Me Down” e “Institutionalized”. A união dessas três lendas do metal transformou a noite em uma celebração do gênero em diferentes vertentes e gerações.

Perspectivas para o resto da turnê

A turnê M72 continua nos próximos meses com datas em diversas cidades da América do Norte. Entre os pontos altos da agenda de 2025 estão as apresentações em Nashville (1 e 3 de maio), Tampa (6 e 8 de junho) e o aguardado retorno à Bay Area, terra natal da banda, com dois shows no Levi’s Stadium, em Santa Clara, nos dias 20 e 22 de junho.

Além dos “No Repeat Weekends”, a banda fará apresentações únicas com a estrutura completa da turnê, como no Lane Stadium, em Blacksburg, Virgínia, no dia 7 de maio — uma data simbólica, já que será a primeira vez que o Metallica tocará no estádio onde há mais de 20 anos a música “Enter Sandman” embala a entrada do time de futebol americano da Virginia Tech.

Outro destaque é a participação no festival Sonic Temple, em Columbus, Ohio, nos dias 9 e 11 de maio, onde o Metallica será headliner em duas noites — também com setlists distintos.

Line-up estendido e estrutura monumental

Além de Pantera e Suicidal Tendencies, a etapa norte-americana da M72 contará com shows de Limp Bizkit e Ice Nine Kills, ampliando a diversidade musical e agregando diferentes tribos ao evento. A produção da turnê está a cargo da Live Nation, e conta com o patrocínio da inKind, empresa de tecnologia voltada para o setor gastronômico, que oferece benefícios a clientes de restaurantes parceiros por meio de seu aplicativo.

O palco da turnê — um espetáculo à parte — é construído em formato “in-the-round”, no centro das arenas e estádios, proporcionando visão de 360º e aumentando a imersão da plateia. A estrutura é colossal, com um sistema de luzes, telões e efeitos pirotécnicos que rivaliza com qualquer megaevento atual.

Solidariedade e legado: All Within My Hands

Um dos pilares da atual fase do Metallica é o compromisso com causas sociais. Desde 2017, a banda mantém a fundação All Within My Hands, que direciona parte da renda de cada show para ações filantrópicas. Entre as principais frentes de atuação estão o Metallica Scholars Initiative — voltado para educação técnica e profissionalizante —, programas de combate à fome e ajuda a desastres naturais.

Até o momento, a fundação já arrecadou mais de US$ 15 milhões, distribuídos em iniciativas que impactam diretamente as comunidades por onde a banda passa. Em tempos onde muitos artistas se mantêm distantes de causas sociais, o Metallica mostra que é possível conciliar grandeza artística com responsabilidade social.

Metallica em 2025: mais relevante do que nunca

Após mais de 40 anos de estrada, o Metallica não dá sinais de desaceleração. A cada novo show, a banda reafirma seu papel como força vital no cenário do rock e do metal. Com a turnê M72, a banda não apenas oferece shows grandiosos, mas também renova o vínculo emocional com sua base de fãs, que atravessa gerações.

O que vimos em Syracuse foi mais do que um show: foi um testemunho da longevidade, da criatividade e do espírito combativo de uma banda que, mesmo no topo, segue buscando evoluir e se conectar com o público de maneiras cada vez mais profundas.

Se 2025 começou assim, é seguro dizer: ainda veremos muitas noites épicas pela frente.