



Monsters of Rock 2025: Judas Priest e Scorpions dominam São Paulo em uma noite épica de heavy metal
No último sábado, 19 de abril, o Allianz Parque, em São Paulo, foi palco de uma celebração inesquecível: os 30 anos do Monsters of Rock no Brasil. O festival, que reuniu gigantes do rock e do metal, teve como ápice dois momentos antológicos – as apresentações do Judas Priest e do Scorpions. Cada banda, à sua maneira, reafirmou por que permanece como referência global mesmo após décadas de estrada.
Judas Priest: um culto ao metal conduzido por um deus
A noite já era intensa quando o Judas Priest assumiu o palco como antepenúltima atração. O que se seguiu foi um verdadeiro ritual de adoração ao metal. Com mais de 55 anos de carreira, a banda britânica entregou um show técnico, poderoso e emocionalmente carregado, liderado por um Rob Halford absolutamente inspirador.
Aos 73 anos, o lendário vocalista desafiou todas as limitações do tempo com uma performance vocal de tirar o fôlego. Músicas exigentes como “Painkiller”, “Victim of Changes” e “Riding on the Wind” foram executadas com firmeza e paixão, como se o tempo tivesse pouco ou nenhum efeito sobre ele. O público vibrou com os clássicos “Breaking the Law”, “Electric Eye” e “Living After Midnight”, em um setlist que percorreu com sabedoria diferentes fases da carreira da banda.
Os guitarristas Richie Faulkner e Andy Sneap brilharam com técnica e atitude, enquanto o veterano baixista Ian Hill manteve a base sólida e discreta. Uma homenagem emocionante ao guitarrista Glenn Tipton no telão antes de “Victim of Changes” lembrou o público da resiliência da banda. O Judas Priest não apenas tocou: elevei o nível do festival a uma experiência transcendental.




Scorpions: seis décadas de estrada e um amor eterno pelo Brasil
Fechando a noite com chave de ouro, o Scorpions mostrou por que é um dos grupos mais longevos e adorados da história do rock. Com 60 anos de carreira, os alemães provaram que ainda possuem fôlego, presença de palco e, sobretudo, uma conexão especial com o público brasileiro – especialmente o paulistano, que lidera o ranking global de ouvintes da banda no Spotify.
Depois de uma passagem por Brasília onde deixaram de tocar “Still Loving You”, os Scorpions “repararam” o setlist em São Paulo e devolveram ao público um de seus maiores sucessos. E como foi emocionante ouvi-la. Klaus Meine, aos 76 anos, demonstrou maturidade artística ao adaptar sua presença e vocais ao que sua idade permite – e o resultado continua sendo digno de aplausos.
A performance de “Send Me an Angel”, “Wind of Change” e “Big City Nights” emocionou, enquanto a trinca final – “Still Loving You”, “Blackout” e “Rock You Like a Hurricane” – fez o Allianz Parque vibrar com intensidade. O enorme escorpião projetado no fundo do palco durante a última faixa coroou uma apresentação memorável.
O time dos veteranos
Se Meine representa a classe e a emoção, Rudolf Schenker (76) trouxe energia de sobra, mostrando que a idade pode ser apenas um número quando se trata de paixão pelo palco. Já Matthias Jabs (69) brilhou como um dos guitarristas mais subestimados do rock, com solos limpos, rápidos e cheios de sentimento. Pawel Maciwoda (baixo) e Mikkey Dee (bateria) completaram a formação com maestria, contribuindo para a solidez de um show tecnicamente impecável.




Setlist – Judas Priest:
Panic Attack
You’ve Got Another Thing Comin’
Rapid Fire
Breaking the Law
Riding on the Wind
Love Bites
Devil’s Child
Crown of Horns
Sinner
Turbo Lover
Invincible Shield
Victim of Changes
The Green Manalishi (With the Two Prong Crown)
Painkiller
Bis:The Hellion / Electric Eye
Hell Bent for Leather
Living After Midnight
Setlist – Scorpions:
Coming Home
Gas in the Tank
Make It Real
The Zoo
Coast to Coast
Top of the Bill / Steamrock Fever / Speedy’s Coming / Catch Your Train (medley)
Bad Boys Running Wild
Send Me an Angel
Wind of Change
Loving You Sunday Morning
I’m Leaving You
Solos de baixo e bateria
Tease Me Please Me
Big City Nights
Still Loving You
Bis:Blackout
Rock You Like a Hurricane
Uma noite que marcou gerações
Entre riffs históricos e baladas emocionantes, o Monsters of Rock 2025 provou que a alma do rock e do metal segue viva e pulsante. Judas Priest e Scorpions não apenas entregaram shows — ofereceram lições de longevidade, talento e paixão, lembrando que, no palco, idade é irrelevante diante da energia que se compartilha com o público.
Com performances desse nível, o festival não celebrou apenas um marco de 30 anos. Ele selou sua permanência como um dos maiores encontros de música pesada do planeta — e São Paulo, mais uma vez, foi seu altar.
(Fotos: Fernando Moraes/@fercruzmoraes)
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