



Após anos marcados por polêmicas, altos e baixos e batalhas internas, Wes Scantlin — líder e único membro original do Puddle of Mudd — está pronto para virar a página e entregar ao mundo uma nova fase de sua carreira. No próximo dia 2 de maio de 2025, a banda lançará oficialmente "Kiss The Machine", seu mais novo álbum de estúdio, pela gravadora Pavement Entertainment.
O disco já chega com o pé na porta: o single "Beautimous" foi liberado nas plataformas digitais e serve como uma amostra do que está por vir. Além disso, uma edição limitada em CD com camiseta e cartão autografado por Scantlin já está em pré-venda — um prato cheio para os fãs de longa data.
Uma nova era para Scantlin e companhia
Mais do que apenas um álbum, "Kiss The Machine" representa um momento de introspecção, renascimento e liberdade criativa para Wes Scantlin. “Há muito sangue, suor e lágrimas neste disco”, afirma o vocalista. “Queríamos misturar estilos diferentes, nos divertir e criar algo realmente novo. A ideia era ultrapassar limites e sair da mesmice.”
Scantlin não apenas gravou os vocais, mas esteve envolvido em todas as etapas da produção do disco, do início ao fim. “Esse álbum foi um momento de clareza — eu me olhando no espelho”, relata. “Estive lá noite após noite no estúdio, aprendendo, gravando, me desafiando e certificando de que cada parte dele fosse autêntica. Estou muito orgulhoso de como tudo se encaixou.”
Faixa a faixa: um olhar sobre o novo repertório
Com nove faixas inéditas, o novo trabalho promete um mergulho profundo no emocional e sonoro de Scantlin. A lista inclui:
Beautimous
Free
In Love with a Dancer
Back Against the Wall
Firefly
Maniac
Baby You Da Best
Everything
Win Win Win
Temas como liberdade, amor conturbado, autossuperação e redenção permeiam as letras. A sonoridade traz o DNA do Puddle of Mudd, com riffs marcantes e melodias radiofônicas, mas também flerta com elementos mais modernos e variados, alinhando-se com a proposta de inovação de Wes.
A mensagem por trás da música
“Kiss The Machine” também é, segundo Scantlin, uma carta de amor à resiliência e ao poder da música como cura. “Eu só quero que as pessoas sintam algo — que sorriam e tenham esperança em seus corações”, diz. “A música tem o poder de curar, e se essas músicas ajudarem alguém a passar por um momento difícil, isso significa tudo para mim. É disso que esse álbum trata.”
Uma banda que resistiu ao tempo (e ao caos)
Formada em 1991 em Kansas City, a banda chegou ao estrelato com o álbum "Come Clean", de 2001, que emplacou hits como "Control", "Blurry" e "She Hates Me". O sucesso meteórico, no entanto, deu lugar a uma longa trajetória repleta de conflitos internos, mudanças de formação e, principalmente, os problemas pessoais de seu frontman.
Renascido das Cinzas: Puddle of Mudd anuncia novo álbum 'Kiss The Machine' em meio a turbulências e redenção pessoal


Scantlin, hoje o único membro remanescente da formação original, viveu anos de turbulência — prisões, uso de substâncias, problemas financeiros e colapsos em shows ao vivo tornaram seu nome presença constante nas manchetes de tabloides. Em 2017, ele declarou ter iniciado um processo sério de recuperação, com reabilitação e apoio da família.
“Acabei voltando para a reabilitação porque realmente não havia outro lugar para ir”, revelou. “Agradeço aos fãs e à minha família por me darem forças para tentar melhorar.”
Polêmicas recentes: sombras que ainda o acompanham
Apesar da tentativa de redenção, os últimos meses mostraram que os fantasmas do passado ainda rondam Scantlin. Em março, ele alegou ter sido “drogado” por um ex-integrante da banda antes de uma apresentação desastrosa no Daytona Bike Week. Pouco depois, foi preso após um suposto episódio de violência doméstica.
Esse foi apenas mais um capítulo de uma longa lista de controvérsias. Desde 2012, Scantlin já foi detido por posse de substâncias, dirigir alcoolizado, desacato, brigas em aeroportos (incluindo uma vez em que deu uma volta clandestina em uma esteira de bagagens em Denver) e até por tentar embarcar com uma arma de pressão no aeroporto de Los Angeles em 2017.
Além disso, shows cancelados ou interrompidos se tornaram quase marca registrada da banda durante um período, como o infame episódio em que Wes abandonou o palco reclamando das luzes da casa de shows.
Uma volta por cima possível?
Apesar das constantes recaídas e da desconfiança por parte de parte do público, há quem veja em "Kiss The Machine" uma tentativa real de Wes reconquistar sua dignidade artística. Sua entrega no estúdio e a sinceridade nas declarações mostram um artista disposto a crescer, ainda que carregue cicatrizes profundas.
Ao contrário de tentativas anteriores de ressurgimento que soavam forçadas ou inacabadas, este novo álbum parece mais estruturado, autêntico e cheio de intenções claras. Se a sonoridade será suficiente para reconquistar o público perdido ainda é cedo para dizer, mas uma coisa é certa: Wes Scantlin não desistiu de sua arte.
O que esperar do futuro
Com o lançamento marcado para maio, espera-se que a banda anuncie datas de turnê para promover o novo álbum. O momento, apesar das adversidades, é estratégico. O público nostálgico do início dos anos 2000 ainda mostra interesse por bandas daquela geração, e o Puddle of Mudd tem um nome forte entre os fãs de post-grunge e rock alternativo.
Resta saber se Wes conseguirá manter-se em equilíbrio o suficiente para sustentar uma nova fase. "Kiss The Machine" pode não apenas marcar um novo capítulo da discografia da banda, mas também o início de uma trajetória mais estável para seu líder.
Seja como símbolo de superação ou apenas como um novo registro sonoro de uma banda que se recusa a desaparecer, o novo álbum do Puddle of Mudd promete atrair atenção — pelos motivos certos desta vez.
Ouça "Beautimous" nas plataformas digitais e prepare-se para descobrir, no dia 2 de maio, o que realmente significa beijar a máquina.

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